Affiliation:
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brazil
2. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
Resumo No texto que segue, tendo como ponto de partida os debates em torno das relações de continuidade entre o dentro e o fora das prisões, busca-se refletir sobre os nexos que articulam prisões, favelas e periferias, todavia, de um ângulo singular. Em tempos de Covid-19, observa-se como esses nexos podem ser pensados a partir das infraestruturas e materialidades de tais espaços. Densidade populacional, lugares pouco ventilados e mal iluminados, racionamento de água ou enchentes, acúmulo de lixo e esgoto a céu aberto são alguns dos traços que - do prisma das precariedades estruturais - conectam presídios e zonas periféricas. A partir de pesquisas etnográficas pregressas, análise de documentos e realização de entrevistas, evidencia-se como essas precariedades são decisivas no que se refere à prevalência de determinadas enfermidades entre populações negras, pobres e periféricas, o que aponta para a distribuição diferencial do adoecimento e da morte.
Subject
Sociology and Political Science,Geography, Planning and Development
Reference50 articles.
1. BR 111: a rota das prisões brasileiras;ARAÚJO Fábio,2017
2. A produção da calamidade: um balanço das prisões fluminenses em 2020;ARAÚJO Fábio,2021
3. Prender e dar fuga: biopolítica, tráfico de drogas e sistema penitenciário no Rio de Janeiro;BARBOSA Antônio Rafael,2005
4. La prison, une cité avec des barreaux? Continuum socio-spatial par-delà les murs;BONY Lucie;Annales de géographie,2015
5. Nem dentro, nem fora: a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo;BUMACHAR Bruna Louzada,2016
Cited by
2 articles.
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