Affiliation:
1. Universidade Federal de Pelotas, Brasil
2. Secretaria da Saúde e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil
Abstract
Embora as estatísticas vitais sejam de fundamental importância para o planejamento e avaliação das ações de saúde, são poucos os Estados brasileiros que dispõem de sistema de registro com cobertura e agilidade suficiente para atingir estas metas. Objetivou, portanto, analisar os dados gerados no Rio Grande do Sul, Brasil, para descrever tendências temporais e distribuição espacial de indicadores de saúde infantil, incluindo os coeficientes de mortalidade infantil e de mortalidade proporcional de menores de um ano, prevalência de baixo peso ao nascer, e cobertura vacinal. Entre 1980 e 1992, observaram-se reduções marcantes na mortalidade infantil (de 39,0 para 19,3 por mil) e na mortalidade proporcional de menores de um ano (de 13,9% para 5,9%). A prevalência de baixo peso ao nascer mostrou-se estável entre 8 e 10%, tendo mesmo sido observado discreto aumento até 1991. A cobertura de vacina tríplice oscilou marcadamente de ano a ano, entre 79% e 99%. Houve forte correlação, ao nível de Delegacias Regionais de Saúde, entre mortalidade infantil e baixo peso ao nascer. Os 4 indicadores estudados foram combinados de forma a construir um escore para identificar as Delegacias de Saúde com maiores necessidades de intervenções sanitárias. A região sul do Estado, caracterizada pela presença de grandes latifúndios, mostrou os piores índices de saúde infantil.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Reference9 articles.
1. Situação mundial da infância 1993;GRANT J.,1992
2. Better prospects for child survival;MONTEIRO C.A.;World Health Forum,1989
3. O mapa da pobreza no Brasil;MONTEIRO C, A.,1991
4. Saúde e nutrição das crianças brasileiras no final da década de 1980;MONTEIRO C.A.,1991
5. Estatísticas de saúde: mortalidade 1990,1992
Cited by
20 articles.
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