Author:
Souza Fernanda Mattos de,Prado Thiago Nascimento do,Nunes Gabriela Ferreira,Possuelo Lia Gonçalves,Maciel Ethel Leonor Noia
Abstract
Justificativa e objetivos: O Brasil está entre os 22 países com alta prevalência de tuberculose (TB) e um dos cinco países que juntos contém 48% dos casos de TB do mundo. Os profissionais de saúde (PS) estão entre os grupos vulneráveis para adquirir a infecção. Contudo, outras categorias profissionais também são expostas a esse risco, como: mineiros e trabalhadores que manipulam amianto. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar e comparar as características epidemiológicas da tuberculose ocupacional (TB) entre os profissionais de saúde (PS) e não profissionais de saúde (N-PS). Métodos: Estudo transversal utilizando o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Brasil. Resultados: A proporção de casos de tuberculose ocupacional com base em dados de 2007-2011 foi de 1,6%. Analisamos 3.049 indivíduos, dos quais 298 (10%) eram PS e 2.751 (90%) foram N-PS. PS foram menos prováveis de serem do sexo masculino (OR = 0,24: IC 95%: 0,18-0,32), etilista (OR = 0,17; IC 95%: 0,05-0,54), cobertos pelo programa DOTS (OR = 0,58; IC 95%: 0,43-0,77) e de serem transferidos (OR = 0,34; IC 95%: 0,16-0,70). Por outro lado, os PS são mais prováveis de terem mais de 8 anos de estudo (OR = 27,47; IC 95%: 16,64-45,34), 43 anos ou mais de idade (OR = 1,96; IC 95%: 1,37-2,79) e de terem TB extrapulmonar (OR = 1,60; IC 95%: 1,12-2,28). Conclusões: Os resultados do nosso estudo destacam a tuberculose como uma doença ocupacional, fortalecendo as discussões em torno da saúde do trabalhador e revelando a necessidade de medidas em saúde pública para prevenção e controle da TB em N-PS.
Publisher
APESC - Associacao Pro-Ensino em Santa Cruz do Sul