Abstract
Justificativa e objetivos: A pandemia de COVID-19 e sua consequente síndrome respiratória aguda grave (SRAG) levaram milhões de pessoas a óbito desde 2020. O uso de inibidores da neuraminidase é uma alternativa promissora no tratamento dessa doença, com vários estudos sobre o uso off-label sendo conduzidos desde o início da pandemia, mas nenhum que tenha um grande tamanho amostral e que analise vários fatores de risco. O objetivo deste artigo é identificar possíveis associações entre diversos fatores e risco de hospitalização, necessidade de ventilação e óbito, assim como a influência da prescrição de Zanamivir e Oseltamivir nos mesmos indicadores. Métodos: Neste estudo transversal, foi feito o levantamento de aproximadamente 900 mil prontuários de todas as regiões do Brasil, provenientes de dados do Ministério da Saúde, e em seguida foi realizado o tratamento estatístico adequado das variáveis. Resultados: A hospitalização foi associada a sexo, etnia, escolaridade, urbanização do local, Estado e porcentagem de idosos do mesmo, assim como o clima. Já a prescrição de Zanamivir e Oseltamivir foi associada a maior incidência de sintomas, menor taxa de hospitalização e óbito e menor necessidade de ventilação invasiva e não-invasiva. Foram excluídos 146.160 prontuários devido a SRAG não ocasionada pela COVID-19. Conclusão: Com esses dados, é possível traçar um perfil de risco para hospitalização por SRAG e considerar o uso de Zanamivir e Oseltamivir como tratamento para esses pacientes.
Publisher
APESC - Associacao Pro-Ensino em Santa Cruz do Sul