Abstract
Diante do cenário brasileiro de deslocamentos intraurbanos, o modo por motocicleta vem conquistando posições cada vez mais protagonistas. A sua versatilidade e dinamismo particulares são também características que ditam o seu maior desafio: os acidentes de trânsito, os quais são extremamente onerosos à vida e aos cofres públicos. A motocicleta é peça compositora de um sistema de mobilidade urbana, o qual deve ser planejado conforme as instruções da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012). O presente artigo investiga cinco planos de mobilidade, nas cinco regiões do Brasil, em municípios que apresentam altas taxas de índice de motorização para este modo de deslocamento. As discussões abordadas revelam tratativas nulas ou superficiais para a motocicleta, bem como a ausência de reflexão sobre suas causas e consequências. Ainda, com exceção dos dados estatísticos, é evidenciada a escassez de pesquisas acerca da temática. Embora eleita como principal escolha modal por parte da população, a motocicleta é comumente negligenciada pelos instrumentos de planejamento de mobilidade urbana, proporcionando consequências relevantes nos âmbitos sociais, territoriais, ambientais e econômicos das cidades.
Publisher
Editorial de la Facultad de Filosofia y Letras - Universidad de Buenos Aires