Abstract
A internação hospitalar na infância é um acontecimento estressante, pois afasta a criança da rotina familiar e a insere em meio desconhecido, onde sua segurança é frequentemente ameaçada. O presente artigo tem como objetivo conhecer a visão da criança sobre o processo de internação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, desenvolvido com sete crianças escolares de 7 a 12 anos. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada com questões sobre o motivo da internação e conhecimento sobre a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Os depoimentos foram analisados utilizando-se a Técnica de Análise de Conteúdo. Após análise das entrevistas realizadas, surgiram as seguintes categorias: conhecimento sobre o motivo de estar no hospital e conhecimento sobre o estar internado na UTI. É possível observar que a criança não faz rodeios, explica sucintamente o motivo de sua internação, é racional e direta. Sua resposta pode ter sido influenciada pelo que seus pais ou outras pessoas com as quais teve contato durante a internação disseram, mas ela tira suas próprias conclusões, formula seu diagnóstico e justifica sua internação. A internação hospitalar e principalmente a admissão da criança na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica são momentos de muita ansiedade e angústia vividos pela própria criança, pelos pais e familiares. De maneira geral, as crianças sabem o que está acontecendo em seus organismos, o porquê de estarem doentes e também compreendem a necessidade da internação para seu total restabelecimento.
Publisher
UNIVAP Universidade de Vale do Paraiba