Abstract
No mundo moderno, a geração de resíduos de biodegradabilidade lenta vem ocasionando diversos impactos ambientais. Destes, destacam-se os resíduos de Poli Etileno Tereftalato (PET), os quais são originários das embalagens alimentícias, que surgiram para facilitar o mercado consumidor cada vez mais dinâmico e crescente. Da mesma forma, o consumo de recursos minerais pela construção civil impacta de maneira importante o meio ambiente e a sociedade. Com isso, torna-se uma oportunidade à reutilização destes resíduos poliméricos, em substituição ao agregado mineral, nas misturas cimentíceas, um procedimento que pode trazer vantagens ao produto final, seja em argamassas ou em concreto de cimento Portland. Neste sentido, há diversos esforços de pesquisadores e entidades de pesquisa, ao longo dos anos, em reaproveitar resíduos de PET para este fim, contudo, ainda são discutíveis os resultados obtidos até aqui. Desta forma, neste presente artigo foram propostas novas metodologias para este reuso e assim foram testadas argamassas contendo PET como agregado, de acordo com a Norma brasileira. Os resultados revelaram um ganho em resistência à compressão, da ordem de três vezes, além de um isolamento térmico superior, da ordem de cinco vezes, em relação às argamassas convencionais. Este novo material ainda revelou ser comercialmente viável, de acordo com os critérios normativos e com o custo final. Assim sendo, o reuso de PET como agregado demonstra ser uma alternativa que, além de beneficiar o meio ambiente, tem o potencial de produzir um material de construção mais vantajoso
Publisher
UNIVAP Universidade de Vale do Paraiba