Quimiodectoma em pequenos animais: revisão
-
Published:2024-03-26
Issue:1
Volume:5
Page:378-386
-
ISSN:2675-4711
-
Container-title:Journal Archives of Health
-
language:
-
Short-container-title:Arch. Health
Author:
Leite Guilherme de Brito,Liegel Franklin Luiz,Unruh Gabriel Brustolim,Guimarães Augusta Celeste Garanhani Bonatto,Silva Maria Eduarda Venceslau da,Tavares Maria Eduarda Arno,Carniatto Caio Henrique de Oliveira
Abstract
Tumores cardíacos são incomuns em cães, mas são de grande relevância para o bem-estar do paciente oncológico. O quimiodectoma é uma neoplasia cardíaca com origem nas células quimiorreceptoras na parede aórtica. Sua característica é de ser uma massa solitária geralmente localizada na base do coração. Quimiodectomas podem surgir em várias localizações, como o corpo carotídeo (próximo à artéria carótida no pescoço), a aorta (tumores do corpo aórtico) ou em outras áreas onde os quimiorreceptores são encontrados. Comumente estes tumores crescem lentamente e podem não causar sintomas inicialmente, mas podem tornar-se grandes o suficiente para comprimir estruturas vizinhas, causando sintomas como dificuldade para respirar ou engolir. Os sintomas de um quimiodectoma podem variar dependendo da sua localização, incluindo dificuldade em respirar, rouquidão, dificuldade em engolir, dor no pescoço ou no peito e, em casos raros, desmaios devido à compressão de estruturas vitais. O tratamento normalmente envolve a remoção cirúrgica do tumor, embora a abordagem possa variar dependendo do tamanho, localização e natureza benigna ou maligna do tumor. Na grande maioria dos casos, os cães acometidos têm entre 7 e 15 anos, podendo ocorrer tanto como lesão primária como metastática. Tendo em vista a pequena incidência de tumores cardíacos primários em cães, o quimiodectoma é considerado o segundo tipo mais comum de neoformações cardíacas, atrás do hemangiossarcoma. O diagnóstico clínico é dificultoso, pois a grande maioria dos animais acometidos são assintomáticos e, quando presentes, os sinais clínicos são inespecíficos. O diagnóstico geralmente ocorre através de exames radiográficos de rotina, ecocardiograma, análise histopatológicas e imuno-histoquímica proveniente de biópsias ou como achado em necrópsias.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference29 articles.
1. ARAUJO, G. D, WILSON, T.M, BERNARDO, D. M, CAMPOS, M. T. G, ARAÚJO, D. N. Quimiodectoma maligno em um cão Weimaraner: relato de caso. Pubvet, 2017;11(7):701-704. https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N7.701-704 2. BERTOLO, P. H. L, AGUIRRA, L. R. V. M, MONGER, S. D. G. B, CARDOSO, A. M, VASCONCELOS, R, PEREIRA, W. L. A. Paraganglioma de corpo aórtico em cão. Acta Scientiae Veterinariae, 45(1):1-4. https://doi.org/10.22456/1679-9216.85916 3. COLUCCI, W. S, BRAUNWALD, E. Primary Tumors of the Heart. p. 1451-1464. In: Braunwald E. (Ed.) Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular Medicine, 4th ed. Philadelphia: WB Saunders, 1992. 4. COTO, G. M, MUSSER, M. L, TROPF, M. A, WARD, J. L, SEO, Y-J, MOCHEL, J. P, JOHANNES, C. M. A multi-institutional retrospective analysis of toceranib phosphate for presumed or confirmed canine aortic body chemodectomas. Frontiers in Veterinary Science, 2021;8:635057. https://doi.org/10.3389/fvets.2021.635057 5. DOMENECH, O, ROMITO, G. Surgical excision of a heart base chemodectoma in a dog. Veterinaria;2013, 27: 23-29.
|
|