Author:
Ferreira Anna Flávia de Jesús,Souza Lais Barboza
Abstract
INTRODUÇÃO: Os craniofaringiomas são tumores benignos não gliais, raros e originados por má formação embriológica na região selar e paraselar, com maior incidência em crianças entre 5 e 14 anos e adultos de 50 a 70 anos. Eles podem causar compressão de estruturas cerebrais e hipertensão intracraniana por hidrocefalia, além de disfunção hipotalâmica-hipofisária, resultando em distúrbios hormonais. O tratamento principal é cirúrgico, podendo ser realizado por via transesfenoidal ou craniotomia, com a radioterapia como alternativa quando a cirurgia não é totalmente viável ou em casos de recidiva, além de medicações para controle de sintomas e monitoramento regular para avaliar recidivas e efeitos colaterais. METODOLOGIA: A revisão narrativa foi conduzida entre janeiro e julho de 2024, com pesquisa nas bases PUBMED, LILACS e SCIELO, usando descritores específicos e critérios de inclusão para artigos publicados de janeiro de 2014 a fevereiro de 2024, em inglês e português, e disponíveis na íntegra. A seleção dos artigos foi feita por dois avaliadores, com resolução de divergências por um terceiro avaliador, além de pesquisa manual e busca por literatura cinzenta. RESULTADOS: A busca inicial gerou 494 publicações, das quais 18 atenderam aos critérios de inclusão. A análise nas plataformas resultou em 115 artigos na Pubmed, 53 na Lilacs e 28 na Scielo, após a exclusão de duplicidades e critérios de inclusão, e a leitura dos títulos e resumos, realizada por dois avaliadores, resultou em 15 artigos relevantes. DISCUSSÃO: O craniofaringioma, derivado do ducto craniofaringeo, pode ser explicado por teorias de transformação neoplásica ou metaplasia das células adeno hipofisárias, sendo classificado pela OMS como tumor de grau I. O tipo papilar é comum em adultos e tem alta morbidade, com manifestações como hipertensão intracraniana e alterações hormonais. O tratamento envolve cirurgia para remoção do tumor, radioterapia para recidivas e, ocasionalmente, interferon alfa, que tem mostrado resultados promissores na redução tumoral. CONCLUSÃO: A cirurgia é a principal abordagem para o craniofaringioma, proporcionando cura em casos benignos, mas pode causar efeitos endocrinológicos. Uma abordagem multimodal, incluindo neurocirurgia limitada e quimioterapia com interferon alfa, é recomendada para um tratamento eficaz, considerando as particularidades de cada paciente para o melhor resultado clínico.
Publisher
South Florida Publishing LLC