Uso do ácido tranexâmico e seu impacto na sobrevida do trauma

Abstract

INTRODUÇÃO: As causas externas são responsáveis por cerca de 1.669.211 óbitos no Brasil entre 2012 e 2022, com predominância masculina e maior incidência na região Sudeste. Homicídios e acidentes de trânsito são as principais causas de morte, seguidos por quedas, afogamentos e queimaduras. O ácido tranexâmico (TXA), conforme o estudo CRASH-2, reduz a mortalidade em traumas quando administrado precocemente. O TXA atua como anti-fibrinolítico e anti-inflamatório, bloqueando a conversão de plasminogênio em plasminas. A alta carga de traumas e seus impactos financeiros ressaltam a importância de políticas de prevenção e segurança, como o uso de cintos e capacetes, e a eficácia de estratégias de tratamento. METODOLOGIA: Esta revisão narrativa examinou artigos das bases PUBMED, LILACS e SCIELO entre janeiro e julho de 2024, utilizando descritores específicos e critérios de inclusão de artigos completos em inglês e português, publicados de janeiro de 2014 a fevereiro de 2024. A seleção dos artigos envolveu avaliação dupla por dois revisores e resolução de divergências com um terceiro avaliador. RESULTADOS: A pesquisa resultou em 494 publicações, das quais 18 atenderam aos critérios de inclusão. Foram selecionados 50 artigos da Pubmed, 53 da Lilacs e 28 da Scielo, com 15 artigos finalizados após eliminação de duplicidades e avaliação dos títulos e resumos. DISCUSSÃO:O trauma é uma das principais causas de morte globalmente, e a coagulopatia associada é difícil de controlar, frequentemente levando à morte. O TXA demonstrou eficácia na redução da mortalidade e hemorragia em traumas, com recomendação para uso precoce. Embora sua eficácia no ambiente pré-hospitalar seja promissora, mais pesquisas são necessárias para garantir sua segurança. CONCLUSÃO: O TXA é eficaz em ambientes hospitalares para controlar hemorragias em traumas, mas sua aplicação no pré-hospitalar ainda precisa de mais evidências. Melhorias nas estratégias de prevenção e tratamento são necessárias para reduzir a morbimortalidade e o impacto econômico dos traumas.