Linfoma do colo do útero: relatório de dois casos e revisão da literatura

Abstract

Introdução: O linfoma de colo uterino é uma patologia pouco frequente, sendo responsável por aproximadamente 1 a 3 em 100 casos das doenças neoplásicas ginecológicas. Ao contrário do câncer de colo uterino, nos casos de linfoma, não existe a exposição sexual como fator de risco. O sangramento vaginal anormal é o sintoma mais prevalente, seguido por dispareunia e dor pélvica. Até o momento, não foram estabelecidos protocolos sistematizados de diagnóstico e tratamento específicos para essa condição, sendo opções terapêuticas a quimioterapia, radioterapia e ressecção cirúrgica. Materiais, sujeitos e métodos: Para a elaboração deste artigo de revisão foram consultados artigos científicos e de revisão publicados e referenciados na PubMed, SciELO, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e Revista de Saúde Pública, entre 2008 e 2019. Resultados e discussão: O diagnóstico de linfoma de colo uterino é majoritariamente obtido pela realização de biópsia, visto que a citopatologia não possui papel relevante para o estabelecimento do diagnóstico. O tratamento baseado em quimioterapia mostrou-se eficaz para combater a evolução da doença, enquanto a ressecção cirúrgica é limitada a lesões pequenas. Considerações finais: Observa-se que o linfoma de colo uterino é uma afecção extremamente rara, com opções terapêuticas eficazes nos casos observados, porém sem consenso na literatura quanto ao custo-benefício das terapias instituídas.