Author:
Dias Luana Rossato,Ribeiro Millena de Freitas,Torres Amanda,Nery Bernardo Machado Veloso,Silva Milena Barrera
Abstract
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, crônica, com maior prevalência em mulheres. Uma de suas formas, o lúpus discoide, caracteriza-se por lesões limitadas à pele, eritematosas e recobertas por escamas brancas aderentes, com predomínio em áreas foto expostas. Objetivo: Proporcionar ferramentas eficazes para um bom manejo e individualização dessa condição, visando assim melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. Materiais e métodos: Para a elaboração deste artigo científico, foi realizada uma revisão extensa da literatura sobre manifestações de lúpus eritematoso discóide nas pálpebras. As fontes consultadas incluem artigos científicos e revisões publicadas nas bases de dados Medline/PubMED, SciELO e Cochrane, no período de 2008 a novembro de 2023. Resultados e discussão: O acometimento isolado de pálpebras é de ocorrência rara, o que torna o diagnóstico desafiador. Condições como blefarite, psoríase e dermatite de contato podem ser confundidas com essa manifestação específica. Diante de lesões palpebrais crônicas refratárias ao tratamento clínico, mesmo na ausência de anormalidades nos exames complementares, deve-se realizar a biópsia incisional para elucidação do caso, e se necessário, o exame de imunofluorescência direta. O diagnóstico precoce é crucial para evitar as cicatrizes e possíveis complicações. O tratamento é complexo, envolvendo o uso de corticoides e antimaláricos como a hidroxicloroquina, e talidomida. O oftalmologista deve estar atento aos diagnósticos diferenciais, favorecendo um tratamento adequado. Considerações finais: Os achados deste estudo reforçam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar colaborativa, de maneira a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar a progressão da doença.
Publisher
South Florida Publishing LLC