Author:
Costa Bárbara Rodrigues,Victor Letícia Silva,Santos Juliana Coelho Costa dos,Gonçalves Letícia Santana Ferreira
Abstract
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um estado díspar para o qual foram propostos subtipos. Estudos mostraram que o gênero auxilia na expressão fenotípica do TOC. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura em relação as diferenças de gênero no que tange os aspectos clínicos, genéticos ou familiares do TOC. Realizou-se uma revisão sistemática incluindo artigos que examinaram aspectos apresentados no objetivo, de acordo com o sexo. Foi feito uma busca nas bases de dados Medline, SciELO, e PsycINFO nos últimos 08 anos, usando como palavras-chave: transtorno obsessivo-compulsivo, identidade de gênero, sexo, características sociodemográficas, características clínicas. Foram selecionados 5 estudos fenotípicos e genéticos. A maioria dos estudos mostra que os pacientes do sexo masculino têm maior probabilidade do que as do sexo feminino de se sentirem solitários, apresentarem sintomas de TOC mais precocemente, demonstrarem maior prejuízo social, dificuldades de se envolverem sexual e religiosamente, serem mais agressivos, além de terem mais transtornos de tiques. As mulheres apresentaram mais sintomas de contaminação em relação à limpeza, transtornos alimentares e de controle dos impulsos. Os estudos genéticos e familiares não foram conclusivos, mas infere-se que o gênero pode interferir nas manifestações da doença. O gênero é um fator importante a se considerar na avaliação de pacientes com TOC. Mais pesquisas são necessárias para determinar se isso realmente define um grupo homogêneo e específico dentro do TOC.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference8 articles.
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