Tumores nasossinusais raros: série de casos e revisão de literatura

Abstract

Introdução: Os tumores nasossinusais são incomuns na prática clínica e apresentam sintomatologia inespecífica, por isso o diagnóstico costuma ser tardio. Eles possuem vários tipos histológicos e o diagnóstico conclusivo é apenas por biópsia.  Objetivo: O presente estudo tem o intuito de expor uma série de casos de tumores nasossinusais raros e fazer uma discussão sucinta sobre cada etiopatogenia, clínica, diagnóstico e melhores condutas. Material e métodos: Para desenvolver este trabalho foi realizado uma revisão de literatura e um estudo retrospectivo dos casos. No estudo, considerou-se sintomas, etiologia, sítio de acometimento, diagnóstico e tratamento, publicados na Medline/PubMED, SciELO e Cochrane, no período de 1995 a 2023. Resultados e discussão:  Os locais mais acometidos por estes tumores são fossa nasal, seio maxilar e seio etmoidal, os principais sintomas são obstrução nasal, rinorréia, epistaxe, algia facial e deformidades faciais. Mas, as manifestações clínicas variam com a histologia, o local e o tamanho do tumor.  O diagnóstico exige uma avaliação clínica minuciosa da face, com avaliação de boca, faringe, laringe, orelha, pescoço, pares cranianos e órbita, para direcionar o melhor exame complementar. Videolaringoscopia, tomografia computadorizada, ressonância magnética são os exames mais solicitados para diagnóstico diferencial. Porém, o diagnóstico conclusivo é obtido por meio de biópsia, que em geral, é realizada no momento do tratamento cirúrgico. A cirurgia serve para diagnóstico e tratamento. Conclusão: Os tumores nasossinusais possuem diversas etiopatogenias, uma clínica variada e inespecífica. Por ser um tumor incomum na rotina do otorrinolaringologista e por ter sintomas precoces serem semelhantes a sinusopatias em geral, o diagnóstico costuma ser tardio. Por isso, exige do profissional uma atenção e experiência.