Abstract
A revolução na forma de se realizarem projetos no setor AECO (Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação) é bastante recente. Até meados do século XX, esses projetos eram elaborados manualmente. O primeiro grande marco dessa revolução se deu por volta de 1982, com a utilização de tecnologias computacionais para realizar as atividades inerentes ao processo de projetar, com o lançamento do software CAD (Computer Aided Design) pela empresa Autodesk. No entanto, na década de 1970, Charles Eastman já havia criado uma metodologia, voltada à descrição da construção em suas várias etapas ou Building Descripition System – BDS. Ela foi a precursora da metodologia Building Information Modeling – BIM, cuja adoção em todo o mundo vem crescendo, desde 1986. Isso porque, ela permite que se faça a gestão das informações de um projeto, em todo o seu ciclo de vida. De forma colaborativa. otimiza atividades, processos, recursos humanos e minimiza erros de execução, o que se reverte em valorização do ativo. Porém, percebe-se que a adoção da tecnologia BIM, em projetos de iluminação, ainda é limitada. Dado este contexto, esse trabalho tem como objetivo levar à compreensão das dificuldades encontradas por projetistas, para a implementação e utilização de BIM, visando à gestão de projetos de iluminação. Para tal, realizou-se uma revisão da literatura relativa aos temas centrais a serem abordados e avaliaram-se dois escritórios de arquitetura especializados em iluminação (estudos de caso) que desenvolvem seus projetos por meio de metodologias distintas. Como resultado, pode-se apurar os impactos e vantagens da utilização da tecnologia BIM, como metodologia, bem como identificar os desafios para a sua aplicação em projetos de iluminação.
Publisher
REPAE - Revista de Ensino e Pesquisa em Administracao e Engenharia
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