Abstract
A recente pandemia pela COVID-19 tem representado ameaça mundial à saúde, com milhões de mortes globalmente. Este trabalho objetivou evidenciar os efeitos adversos manifestados em acadêmicos de medicina imunizados com as vacinas CoronaVac ou AstraZeneca contra a COVID-19 em Araguari, Brasil. Os autores realizaram um estudo transversal, analisando faixa etária, sexo, estilo de vida, autopercepção de saúde e reações adversas locais e sistêmicas segundo períodos da vacinação, com análise estatística descritiva do tipo qualiquantitativa. O número amostral compreendeu 91 participantes, os quais declararam ter tomado pelo menos a primeira dose de um dos imunizantes. Dentre as reações adversas relatadas no dia da primeira dose, 84,61% apresentaram dor no local da aplicação e 54,94% apresentaram fadiga. 48,97% dos indivíduos referiram alguma reação sistêmica que pode ser associada à vacina no dia da segunda dose, sendo a mais prevalente dor no local da aplicação (69,38%) e fadiga (32,65%). Portanto, as reações adversas mais relatadas foram fadiga e dor no local da aplicação. O presente estudo não constatou associações entre as reações adversas e o estilo de vida, sexo, idade ou autopercepção de saúde. Houve maior ocorrência de efeitos adversos após aplicação da primeira dose quando comparada à segunda dose. Não houve relatos de efeitos adversos graves ou fatais, o que evidencia a segurança das vacinas.
Publisher
Instituto de Administracao e Gestao Educacional Ltda
Reference13 articles.
1. CARVALHO, J. C. et al. Hypersensitivity reactions to vaccines: current evidence and standards for SARS-CoV-2 vaccines. Acta Médica Portuguesa, [s. l.], v. 34, n. 7-8, p. 541-547, 30 jun. 2021. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/16096. Acesso em: 17 nov. 2021.
2. CHEN, C.; ZHAO, B. Makeshift hospitals for COVID-19 patients: where health-care workers and patients need sufficient ventilation for more protection. Journal of Hospital Infection, [s. l.], v. 105, n. 1, p. 98-99, 10 mar. 2020. Disponível em: https://www.journalofhospitalinfection.com/article/S0195-6701(20)30107-9/fulltext. Acesso em: 17 nov. 2021.
3. ESTEVÃO, A. COVID-19. Acta Radiológica Portuguesa, [s. l.], v. 32, n. 1, p. 5-6, 1 abr. 2020. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/actaradiologica/article/view/19800. Acesso em: 17 nov. 2021.
4. KASKELIS, A. G. et al. Efeitos adversos das vacinas contra COVID-19 nos trabalhadores da saúde do município de Campo Mourão – PR. In: CASTRO, L. H. A. (org.). COVID-19: reflexões das ciências da saúde e impactos sociais. Ponta Grossa: Atena, 2021. cap. 11, p. 114-122. ISBN 978-65-5983-573-7. Disponível em: https://www.atenaeditora.com.br/catalogo/ebook/covid-19-reflexoes-das-ciencias-da-saude-e-impactos-sociais. Acesso em: 17 nov. 2021.
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano nacional de operacionalização da vacinação contra a COVID-19. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 189 p. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2021/ministerio%20da%20saude/2021_02_15-plano-nacional-de-operacionalizacao-da-vacinacao-4-edicao.pdf. Acesso em: 17 nov. 2021.