Author:
Canuto Ilana Frota Pontes,Carvalho Carolina Rodrigues de Cardoso,Aguiar Marina Veras Coelho,Lima Carlos José Mota de
Abstract
A parada cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como a cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos associados à ausência de respiração e o sucesso em seu atendimento é determinado pelo reconhecimento precoce da PCR, da rápida solicitação do sistema de emergência e da adequada instituição do suporte básico e avançado de vida. Dessa forma, diante de uma PCR, o tempo é o principal determinante de sucesso, visto que cada minuto perdido reduz a chance de sobrevida do nosso paciente em 10%. BRIÃO, 2009, cita em seu trabalho que profissionais de saúde falham em fornecer suporte básico de vida e desfibrilação no tempo adequado, sendo essa questão pouco tratada na literatura nacional. Diante da importância do tema, são necessários estudos para avaliar o conhecimento teórico de médicos sobre o manejo correto de uma parada cardiorrespiratória para intervenções futuras. O objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento de médicos docentes de uma Universidade sobre o diagnóstico e conduta da parada cardiorrespiratória, além de analisar seu perfil epidemiológico, conhecimento sobre ritmos chocáveis e não chocáveis, uso de fármacos e cuidados pós parada. Trata-se de em estudo transversal, descritivo, quantitativo e qualitativo, realizado no período de junho de 2020 a maio de 2021, no Centro Universitário Unichristus – Fortaleza, CE. Foram respondidos 49 questionários por médicos docentes na modalidade presencial e Google Forms. Dos médicos avaliados, 17 eram do sexo feminino (34,7%) e 32 do sexo masculino (65,3%), com idade variando entre 30 a 68 anos, a maioria com tempo de formação maior que 10 anos (75,5%). Das especialidades presentes, clínica médica (46,7%) e pediatria (16,2%) foram responsáveis por 62,9% do total, sendo as mais frequentes. No que tange a cursos de suporte, ACLS foi o mais praticado (81,8%). Diante da conduta ao encontrar uma pessoa inconsciente no chão, 53,1% responderam avaliar a segurança da cena, seguida de ligar para o serviço de emergência com 36,7%.A desfibrilação como conduta diante de uma fibrilação ventricular foi corretamente identificada por 75,5% dos profissionais. Acerca da técnica empregada nas compressões torácicas, 32,7% dos entrevistados responderam 5 cm e 53,1% responderam 3-5cm. Checagem do pulso após desfibrilação foi indicada em 18,4% das respostas. A partir do presente estudo, pode-se observar a necessidade do aprimoramento e atualização dos profissionais quanto a conduta frente a uma parada cardiorrespiratória (PCR), visto que uma atuação correta e eficaz é responsável por mudar prognóstico e morbimortalidade dos pacientes.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Subject
Anesthesiology and Pain Medicine
Cited by
1 articles.
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