Abstract
Estudos têm revelado que aspectos psicológicos como os desencadeados pelos estados de humor podem influenciar a avaliação térmica subjetiva. Investiga-se se o estado de humor reportado durante as entrevistas de conforto térmico é fator psicológico que influencia a percepção térmica de pedestres em ambientes externos. Conduziu-se o monitoramento de ambientes térmicos com a aplicação de questionários em locais ao ar livre na cidade de Cuiabá-MT (Brasil), região com clima tropical. O voto de sensação térmica (VST) segmentado em função do Estado de Humor reportado (neutralidade, positividade e negatividade) foi correlacionado às condições térmicas, expressas pelo índice UTCI. Evidenciou-se maior sensibilidade térmica nos indivíduos pertencentes ao grupo com humor negativo, indicando que estes sentem mais calor à medida que o estresse térmico se eleva, desejam ambientes mais amenos e se declaram desconfortáveis nessas condições, comparativamente a aqueles pertencentes aos grupos neutro e positivo. Maior temperatura neutra e maior coeficiente angular, derivados da curva de tendência linear obtida entre UTCI e VST, ratificam esse comportamento do grupo negativo. A variância entre as condições ambientais e os estados de humor não explicou a variação na sensação térmica nos grupos, devendo-se considerar outros fatores intervenientes na percepção térmica.
Publisher
UNISINOS - Universidade do Vale do Rio Dos Sinos