Abstract
Este artigo elenca os principais postulados e alguns desenvolvimentos do método histórico-comparativo aplicado às línguas românicas, desembocando no rastreamento de suas incursões ou lacunas na apreciação da morfologia lexical. Pari passu a isso, esquematiza os aspectos fundamentais de uma proposta de apreciação histórico-comparativa aplicada por Lopes (2018) à prefixação no galego-português e no castelhano e que pode ser tomada como modelo básico preliminar para futuras aplicações panromânicas sobre outras operações da lexicogênese morfológica, como a sufixação, a composição e a parassíntese (e também a prefixação, com a inclusão de mais sistemas linguísticos, para além dos dois já perscrutados pelo mencionado morfólogo). Perpassa todo o texto a ideia de uma incontestável relevância e atualidade do método para o cotejo historicocêntrico entre línguas, desde que sob pautas renovadas, mediante revisões teórico-epistemológicas subsidiadas pelos avanços propiciados pelas escolas linguísticas que o sucederam, do Estruturalismo ao arquipélago teórico da Linguística Cognitiva.