Affiliation:
1. Doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (FM-UnB). Orientadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (FM-UnB). Coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Serviço de Reumatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília, Brasília-DF
Abstract
Algumas doenças reumáticas autoimunes acometem desproporcionalmente mais o gênero feminino, incluindo pacientes em idade fértil, quando a gestação pode ocorrer de forma planejada ou não. Os avanços no diagnóstico e manejo dessas doenças, em especial as modificações na abordagem terapêutica e o uso de novas classes de medicamentos, trouxeram significativa melhora da morbimortalidade da maioria das doenças reumáticas autoimunes, o que também acarretou a maior possibilidade de ocorrência de gestação.
É essencial considerar que, especialmente nas doenças reumáticas autoimunes com envolvimento orgânico importante, há risco de eventos adversos para a mãe e para o feto durante a gestação, sendo muitas vezes necessário tratamento durante o período de planejamento gestacional, de gravidez e de puerpério, para controle de atividade da doença materna.
O uso de medicações durante o período concepcional, gestacional e da lactação ocasiona grande ansiedade para a paciente gestante e para o médico que necessita prescrevê-las. Escolher o tratamento apropriado para pacientes gestantes e lactantes é, portanto, extremamente desafiador.
O objetivo desta breve revisão é resumir as evidências atuais sobre a segurança do uso de medicações antirreumáticas durante o período da concepção e gestação.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia