Affiliation:
1. Médico ortopedista, MBA em Gestão de Saúde e mestrando em Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia
2. Reumatologista e Fisiatra. Professora afiliada da disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM)
Abstract
O uso do plasma rico em plaquetas (PRP) na bioengenharia é uma intervenção cada vez mais utilizada, com vários estudos clínicos sugerindo o seu uso em diversas áreas da medicina.
O PRP é uma concentração autóloga de plaquetas em um pequeno volume de plasma. As plaquetas possuem grânulos alfaplaquetários ricos em fatores de crescimento tecidual. Após a injeção do PRP em tecidos, haveria consequente liberação desses fatores de crescimento, além de proteínas bioativas que atraem células mesenquimais e que contribuiriam para regeneração tecidual. Em adição a este efeito, os grânulos liberados pelas plaquetas liberam fatores de crescimento que estimulam a cascata inflamatória.
As plaquetas são células anucleadas, de formato discoide e derivadas dos megacariócitos. São anucleadas e têm tamanho que varia de 1,5 a 3,0 micrômetros de diâmetro. Sua meia-vida ocorre em torno de 7 a 10 dias. Em condições fisiológicas, o revestimento endotelial, a síntese contínua de substâncias antitrombóticas e vasodilatadoras mantêm as plaquetas em estado “de repouso”. Entretanto, se ocorrer estímulo ou lesão endotelial, agentes trombogênicos são ativados para promover a adesão, ativação e agregação plaquetária, com o intuito de restabelecer a hemostasia. Uma vez ativadas, as plaquetas tornam-se achatadas, emitem pseudópodes e se agregam, liberando os grânulos alfaplaquetários.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia