Affiliation:
1. Médica endocrinologista, pós-graduanda na Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM)
2. Mestre em Endocrinologia, professor da Disciplina de Bioquímica da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
3. Livre-docente, chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM)
Abstract
A vitamina D surgiu há mais de 750 milhões de anos. Desde organismos simples como zooplânctons, fitoplânctons até a maioria das plantas e animais têm capacidade de sintetizar vitamina D (1). A principal função fisiológica da vitamina D é manter a oferta de cálcio e fósforo para a completa mineralização do tecido ósseo. Tamanha é sua importância que houve uma adaptação na cor da pele dos seres humanos no planeta para otimizar sua exposição à luz solar, haja vista a tendência de se encontrar os povos de pele mais pigmentada vivendo próximos ao Equador, e de pele mais clara nas latitudes mais extremas, próximos aos polos. Isto porque a melanina é o filtro solar natural que absorve os raios ultravioleta, amenizando sua energia e neutralizando a ação dos radicais livres. A pigmentação da pele evoluiu no sentido de impedir a destruição das reservas de folato, fator essencial para a síntese do DNA na divisão celular, espermatogênese e o fechamento do tubo neural. Por outro lado, o clareamento da pele foi resultado também da seleção natural para os povos que migraram para o norte do planeta. A redução das quantidades de melanina na pele possibilitou a manutenção da síntese de vitamina D, em regiões do planeta com pouca insolação (2). Esta necessidade de adaptação traduz a importância vital da vitamina D para o ser humano.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia