Affiliation:
1. Diretor e pesquisador responsável no Centro de Diagnóstico e Pesquisa da Osteoporose do Espírito Santo (Cedoes). Diretor da International Society for Clinical Densitometry (ISCD). Médico ortopedista
2. Diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic). Coordenador do Núcleo de Reumatologia Avançada do Hospital Sírio-Libanês (NARe). Médico reumatologista do Hospital Heliópolis. Livre-docente em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (FMRP)
Abstract
O emprego clínico da densitometria óssea confunde-se com o desenvolvimento dos conhecimentos científicos no campo da osteoporose. Até meados dos anos 1980, a osteoporose figurava unicamente entre as manifestações humanas vinculadas a uma longa existência.
Já no início dos anos 1990, impulsionada pela possibilidade de estratificar indivíduos de acordo com o gradiente de risco para fraturas, a ciência lançou-se numa cruzada na busca de intervenções farmacológicas capazes de impedir as perdas de massa óssea características do processo de envelhecimento humano e, um pouco mais tarde, também para estimular a atividade osteogênica.
Vias de regulação do balanço ósseo foram (e vêm sendo) identificadas e novos recursos terapêuticos e diagnósticos foram desenvolvidos, alavancados pela densitometria óssea.
A definição operacional da osteoporose, ainda hoje utilizada em todo o mundo como variável insubstituível na prática médica, foi proposta em 1994 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (1). O critério da OMS baseia‑se em achados de densidade mineral óssea (DMO) por absorciometria de dupla emissão de raios X (DXA), limitados à coluna lombar, colo femoral, fêmur total ou rádio distal (33%). A Tabela 1 resume os critérios de estratificação propostos pela OMS.
Desde então, várias são as iniciativas para padronizar o uso clínico, interpretação e prática da densitometria. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens), em estreita vinculação científica com a International Society for Clinical Densitometry (ISCD), vem, desde 1993, conduzindo programas de qualificação e certificação profissionais amplamente reconhecidos pela comunidade científica.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia