Affiliation:
1. Médica assistente, MD, PhD. Divisão de Endocrinologia e Metabologia. Departamento de Clínica Médica. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
2. Médico reumatologista, MD. Centro de Dispensação de Medicamentos de Alto Custo (CEDMAC). Departamento de Clínica Médica. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
Abstract
Síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco, incluindo obesidade e adiposidade visceral, resistência à insulina, dislipidemia aterogênica e hipertensão, que em conjunto conferem o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares. A interface entre os sistemas metabólico e imune tem sido mais estudada recentemente, e essa interação parece ser regulada tanto por fatores genéticos quanto pelo estado nutricional e pela microbiota intestinal. Adipocinas exercem uma variedade de atividades metabólicas, contribuindo para a etiopatogênese da síndrome metabólica e estão envolvidas na regulação da inflamação e autoimunidade das doenças reumatológicas. Pacientes com gota, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome do anticorpo antifosfolípide, espondilite anquilosante, entre outras, têm aumento da prevalência de síndrome metabólica. Apesar do avanço no tratamento dessas doenças, a incidência de doenças cardiovasculares se mantém alta. A síndrome metabólica e seus padrões alterados de secreção de adipocinas pró-inflamatórias parecem ser a ligação entre doenças cardiovasculares e doenças reumatológicas. E obesidade e sobrepeso podem influenciar negativamente no alcance de mínima atividade de doença.
Unitermos: Síndrome metabólica. Obesidade. Doenças reumatológicas. Adipocinas. Inflamação.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia