Affiliation:
1. Doutoranda em Ciências do Programa de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brasil (FMUSP). Nutricionista vinculada ao Laboratório de Metabolismo e Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor – HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
2. Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brasil (FMUSP). Post-doctoral Fellowship no Brigham and Women´s Hospital, Harvard Medical School, Boston, EUA. Médica assistente da Unidade de Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor – HCFMUSP)
Abstract
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, respondendo por cerca de 17,9 milhões de óbitos anuais. O controle das dislipidemias representa um importante passo para a prevenção da doença cardiovascular aterosclerótica. As diversas diretrizes preconizam a redução do LDL-c de acordo com o risco cardiovascular calculado, com reduções maiores sugeridas para pacientes de maior risco. Evidências atuais mostram que o LDL-c e os triglicérides elevados e/ou o HDL-c baixo são preditores de risco cardiovascular. Enquanto a literatura revela redução de eventos cardiovasculares de forma proporcional à redução de LDL-c, ainda não existe consenso sobre o benefício da redução dos TG e seu impacto em desfechos cardiovasculares. Já estratégias farmacológicas desenvolvidas até o momento para o aumento do HDL-c foram abandonadas. O tratamento do LDL-c se baseia, na maioria das diretrizes, na estimativa de risco para o paciente, com recomendação de redução de LDL-c para aqueles de risco alto ou muito alto (em geral ≥ 50%), ou em indivíduos de risco intermediário com agravantes. Além das estatinas, tratamento de primeira linha para redução do LDL-c, e de medicações adicionais como o ezetimibe e os inibidores de PCSK9, novas terapias capazes de reduzir o LDL-c, os triglicérides, e a Lp(a) estão sendo testadas, e se aprovadas poderão contribuir adicionalmente com a redução do risco cardiovascular. Finalmente, deve-se destacar a importância de medidas não farmacológicas de controle dos fatores de risco, que devem ser sempre recomendadas a todo e qualquer paciente.
Unitermos
Doenças cardiovasculares. Aterosclerose. Dislipidemias. Medicamentos hipolipemiantes. Estatinas.
Publisher
Revista Paulista de Reumatologia