Relevância de fatores psicossociais e da ocorrência de choques do Cardioversor-Desfibrilador Implantável na percepção da doença cardíaca como ameaça
-
Published:2016-01-23
Issue:1
Volume:19
Page:117-132
-
ISSN:2175-361X
-
Container-title:Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
-
language:
-
Short-container-title:Rev. SBPH
Author:
Pinheiro Andreia de Oliveira,Oliveira Camila,Guimarães Tathiane Barbosa,Siqueira Sergio,Nishioka Silvana D'Orio,Martinelli Filho Martino
Abstract
Introdução: Ocorrência de choques, ansiedade e personalidade tipo D são conhecidos fatores de risco para possível desajuste psicossocial. Entretanto, não se conhece o papel dessas e outras variáveis na percepção que o paciente tem sobre sua doença cardíaca como ameaça na presença de cardioversor-desfibrilador implantável (CDI). Este foi o objetivo do estudo, assim como avaliar a relação temporal de choques do CDI na percepção da doença. Método: Foram avaliados 250 portadores de CDI quanto à percepção de doença, relacionando-a com ansiedade, depressão, distress e personalidade Tipo D, ocorrência de choques nos últimos seis meses e desde o implante. Resultados: Não ocorreram diferenças estatísticas em relação à percepção de ameaça da doença e ocorrência de choques desde o implante, mas sim com choques nos últimos seis meses. Pacientes que apresentam ansiedade, distress, depressão e Tipo D se associaram à maior percepção de ameaça da doença. Conclusões: As percepções dos portadores de CDI, em relação à doença cardíaca, são influenciadas pela presença de ansiedade, distress, depressão e personalidade Tipo D. A ocorrência de choques do CDI é o fator que menos influencia a percepção de ameaça da doença. Isso indica a necessidade de mais atenção aos fatores psicossociais do portador de CDI.
Publisher
Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
Reference32 articles.
1. Braunschweig, F., Boriani, G., Bauer, A., Hatala, R., Herrmann-Lingen, C., Kautzner, J., … Schalij, M. J. (2010). Management of patients receiving implantable cardiac defibrillator shocks. Europace, 12(12), 1673-1690. 2. Burgess, E. S., Quigley, J. F., Moran, G., Sutton, F. J., & Goodman, M. (1997). Predictors of psychosocial adjustment in patients with implantable cardioverter defibrillators. Pacing Clin Electrophysiol, 20(7), 1790-1795. 3. Camm, A. J., Sears, S. F., Todaro, J. F., Lewis, T. S., Sotile, W., & Conti, J. B. (1999). Examining the psychosocial impact of implantable cardioverter defibrillators: a literature review. Clin Cardiol, 22(7), 481-489. 4. Carroll, D. L., & Hamilton, G. A. (2005). Quality of life in implanted cardioverter defibrillator recipients: the impact of a device shock. Heart Lung, 34(3), 169-178. 5. Crossmann, A., Pauli, P., Dengler, W., Kuhlkamp, V., & Wiedemann, G. (2007). Stability and cause of anxiety in patients with an implantable cardioverter defibrillator: a longitudinal two-year follow-up. Heart Lung, 36(2), 87-95. doi: 10.1016/j.hrtlng.2006.08.001
|
|