Affiliation:
1. Universidade de São Paulo . Faculdade de Medicina . Departamento de Medicina Preventiva . São Paulo , SP , Brasil
2. Universidade de São Paulo . Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde . São Paulo , SP , Brasil
3. Universidade de São Paulo . Faculdade de Saúde Pública . Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública . São Paulo , SP , Brasil
4. Universidade de São Paulo . Faculdade de Saúde Pública . Departamento de Nutrição . São Paulo , SP , Brasil
5. Universidade Federal de Minas Gerais . Escola de Enfermagem . Departamento de Nutrição . Belo Horizonte , MG , Brasil
Abstract
OBJETIVO Avaliar a tendência da aquisição domiciliar de alimentos de acordo com a classificação NOVA no Brasil entre 1987–1988 e 2017–2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de aquisição domiciliar de alimentos provenientes de cinco edições da Pesquisas de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos anos 1987–1988, 1995–1996, 2002–2003, 2008–2009 e 2017–2018. Todos os alimentos reportados foram categorizados segundo a classificação NOVA. A disponibilidade domiciliar dos grupos e subgrupos de alimentos foi expressa por meio de sua participação (%) nas calorias totais, para o conjunto das famílias brasileiras, por situação do domicílio (urbana ou rural), para cada uma das cinco regiões geográficas do país, por quintos da distribuição de renda domiciliar per capita (inquéritos de 2002–2003, 2008–2009 e 2017–2018); e para as 11 principais regiões urbanas do país (inquéritos de 1987–1988, 1995–1996, 2002–2003, 2008–2009 e 2017–2018). Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a tendência de aumento ou diminuição na aquisição dos alimentos. RESULTADOS A dieta da população brasileira ainda é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados e ingredientes culinários processados. No entanto, nossos achados apontam tendências de aumento da participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Esse aumento que foi de 0,4 pontos percentuais ao ano na primeira porção do período estudado, entre 2002 e 2009, e desacelerou para 0,2 pontos percentuais entre 2008 e 2018. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entres os domicílios de maior renda, nas regiões Sul e Sudeste, na área urbana, e nas regiões metropolitanas. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo apontam um aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta dos brasileiros. Cenário preocupante, uma vez que o consumo de tais alimentos está associado ao desenvolvimento de doenças e à perda da qualidade nutricional da dieta.
Publisher
Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Cited by
27 articles.
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