Affiliation:
1. Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Grupo de Estudos e Pesquisa de Avaliação, Políticas, Planejamento e Gestão Participativa em Saúde. Brasília, DF, Brasil
2. Organização Mundial da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília, DF, Brasil
3. Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Brasília, DF, Brasil
4. Fundação Oswaldo Cruz Ceará. Grupo de Pesquisa em Saúde da Família e Saúde Digital. Eusébio, CE, Brasil
5. Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Saúde Coletiva. Brasília, DF, Brasil
Abstract
RESUMO OBJETIVO: Descrever a evolução temporal da morbimortalidade por covid-19 e da cobertura vacinal no período da emergência sanitária no Brasil. MÉTODOS: Número de casos e óbitos por covid-19 foram extraídos do painel público do Ministério da Saúde, conforme semana epidemiológica (SE) e região geográfica. Dados sobre vacinas e variantes foram obtidos, respectivamente, do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema de Vigilância Genômica do SARS-CoV-2. RESULTADOS: A evolução da pandemia de covid-19 caracterizou-se por três picos de óbitos: na 30ª semana epidemiológica de 2020, na 14ª de 2021 e na sexta de 2022; três ondas de casos, iniciando-se nas regiões Norte e Nordeste, com maiores taxas na terceira onda, principalmente na região Sul. A vacinação teve início na terceira semana epidemiológica de 2021, atingindo rapidamente a maior parte da população, particularmente nas regiões Sudeste e Sul, coincidindo com redução da taxa de mortalidade, mas não de morbidade na terceira onda. No total, 146.718 genomas foram sequenciados, mas somente a partir do início da segunda onda, na qual a variante dominante foi a Gama. A partir da última SE de 2021, quando a cobertura vacinal já se aproximava de 70%, a variante Ômicron causou uma avalanche de casos, porém com menos óbitos. CONCLUSÕES: É nítida a presença de três ondas de covid-19, bem como o efeito da imunização na redução da mortalidade na segunda e na terceira ondas, atribuídas às variantes Delta e Ômicron, respectivamente. Contudo não houve efeito na redução da morbidade, que atingiu o pico na terceira onda, na qual dominou a variante Ômicron. O comando nacional e centralizado do enfrentamento à pandemia não ocorreu; assim, os gestores locais assumiram a liderança em seus territórios. O efeito avassalador da pandemia poderia ter sido minimizado, caso houvesse a participação coordenada das três esferas de governo no SUS.
Publisher
Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Cited by
30 articles.
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