Abstract
Os Suruwaha das últimas gerações consolidaram a prática do envenenamento com timbó, até o ponto de constituir a causa mortis dominante neste grupo indígena do vale do rio Purus. Na tentativa de superar as concepções suicidológicas ocidentais, e indo além de explicações de teor exclusivamente sociológico, o artigo propõe uma tradução (Carneiro da Cunha, 1998) que possibilite o acesso ao pensamento nativo sobre morte e transformação. À luz dos regimes de subjetivação suruwaha, e como deriva dos processos xamânicos, os mortos por envenenamento, capturados pela subjetividade não humana do espírito do timbó, vivem uma alteração que os transforma em presas por excelência. Através da prática do envenenamento, os Suruwaha projetam, num mundo transformacional, a sua constituição como humanos em contraste com a dos mortos não humanos, alterados na condição nova de presas do timbó.
Publisher
Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)
Cited by
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