Author:
White Benjamin Leonardo Alves,Silva Maria Flaviane Almeida
Abstract
Clareiras, sejam elas naturais ou decorrentes de atividades antrópicas, alteraram as condições microclimáticas do ambiente que, por sua vez, afetam a sobrevivência da fauna e a susceptibilidade à ocorrência de incêndios florestais. Este estudo teve como objetivo mensurar as variações microclimáticas em uma área bem conservada e em uma clareira de quatro hectares localizadas no interior de fragmento de Mata Atlântica no município de São Cristóvão, Sergipe. Também buscou-se determinar qual o perigo de ocorrência de incêndios florestais em ambas as áreas. Para tal, foram utilizados sensores acoplados com data loggers, programados para registrarem os dados de temperatura do ar, umidade relativa do ar e temperatura do solo a cada 10 minutos durante o período de um ano. O índice de Angstron foi utilizado para determinar o perigo de ocorrência de incêndios florestais. Os resultados apontaram um incremento de 1,3ºC na temperatura média do ar; 3,6ºC na temperatura média do solo; e, uma redução de 10,2% na umidade relativa do ar média ocasionados pela abertura da clareira. O microclima na vegetação conservada foi mais estável. Gráficos das variáveis mensuradas foram plotados a fim de verificar as variações diárias e anual. As variações microclimáticas resultantes da abertura da clareira foram responsáveis por incremento no perigo de ocorrência de incêndios florestais.Palavras-chave: incêndios florestais, meteorologia, clareiras. MICROCLIMATE VARIATIONS AND FIRE DANGER IN AN ATLANTIC FOREST FRAGMENT IN THE MUNICIPALITY OF SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE ABSTRACT:Forest gaps, whether natural or caused by human activities, alter the microclimatic conditions, which, in turn, affect wildlife survival and susceptibility to forest fires. The objective of this study was to measure the microclimatic variations between a 4-hectare gap and a well-conserved closed-canopy area, both located in an Atlantic Forest fragment in the municipality of São Cristóvão, Sergipe, Brazil. The differences in the fire danger in both areas was also assessed. For this purpose, sensors coupled with datalogger were used to record air temperature, air relative humidity and soil temperature every 10 minutes during the period of one year. The Angstron index was used to determine the fire danger. The results indicated an increase in the gap of 1.3ºC in the average air temperature; 3.6ºC in the average soil temperature; and a reduction of 10.2% in the average air humidity. The microclimate in the closed forest was more stable. Profiles for the variables measured were plotted to verify variations throughout the day and the year. The microclimatic variations caused by the gap were responsible for an increase in the fire danger.Keywords: forest fires, meteorology, forest gaps.
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