Abstract
Enquadramento: a presença de um filho com deficiência é um desafio avassalador. Cada família é única, com necessidades próprias e promover um funcionamento familiar saudável é essencial para a saúde individual e coletiva dos seus membros. Objetivos: caraterizar as famílias com filho adulto com deficiência e compreender o funcionamento familiar das mesmas. Metodologia: estudo descritivo correlacional, amostra não probabilística por conveniência, de quarenta famílias cujos filhos frequentam uma instituição do distrito da Guarda. Dados recolhidos através de questionário, sujeitos a estatística descritiva e inferencial (testes não paramétricos U de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis). Resultados: a generalidade da amostra é constituída por filhos com idades entre 31 e 45 anos, semelhantemente distribuídas por sexo. A maioria das famílias apresenta níveis de funcionamento familiar equilibrados. O sexo feminino influencia positivamente a subescala coesão e comunicação e o masculino a desmembrada e caótica. Às famílias com filhos mais novos estão relacionadas a médias superiores na subescala emaranhada, bem como nos que apresentam deficiência física. Conclusão: a existência de uma deficiência interfere no funcionamento familiar, com diferenças quanto ao sexo e idade do filho com deficiência. O enfermeiro de família, elemento decisivo na abordagem diagnóstica, elabora estratégias e cria programas multidisciplinares direcionados a estas famílias.
Publisher
Escola Superior de Saude Norte da Cruz Vermelha Portuguesa
Reference28 articles.
1. ACAPO. Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (2021). Glossário. http://www.acapo.pt/deficiencia-visual
2. ASP. Associação de Surdos do Porto (2021). Algumas definições úteis sobre a surdez: http://www.asurdosporto.org.pt/artigo.asp?idartigo=77.
3. Repercussões emocionais em indivíduos que possuem irmãos com deficiência: uma revisão integrativa
4. El Funcionamiento parental y la percepción de apoyo en los estudiantes con diversidad funcional
5. Costa, A. (2018). Critérios para avaliação familiar. In Rebelo, L. (Ed.) A família em Medicina Geral e Familiar – conceitos e práticas (pp. 105-111). Almedina.