Abstract
A mulher teve na Iª República portuguesa (1910-1926) um protagonismo social que obrigou os diferentes governos a incluir na esfera educativa um espaço especial para a sua formação. No ensino técnico houve a preocupação de criar cursos específicos para setores que vão desde as rendas à telegrafia, desde o comércio ao desenho, da olaria à pintura decorativa. A expectativa em formar profissionais para profissões novas, mas também renovar o seu espaço socioprofissional e contrariar a permanência no espaço doméstico, levou à criação de cursos, no ensino oficial e particular, destinados especificamente à mulher e que se revelaram ou um fracasso – por exemplo o de economia doméstica – ou um sucesso – caso das oficinas das escolas de desenho industrial. Há cursos especiais que são criados nas escolas industriais – por exemplo o de Lavores Femininos que têm logo grande adesão. No segmento temporal de 1914/1919, apesar de coincidir com a 1ª Guerra Mundial, verifica-se uma tendência que é também visível no período em estudo: a adesão feminina foi sempre maior nos trabalhos oficinais do que nas disciplinas que constituíam os cursos estruturados em formação mais geral e técnica. Das intenções expressas pelos políticos republicanos às realidades evidenciadas pela história da educação portuguesa daremos conta numa breve incursão pelas medidas implementadas e pela adesão feminina evidenciada.
Publisher
Biblioteca Central da UNB
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