Abstract
Este artigo se dedica a Itão Kuegü: as hiper mulheres (2011, 80 min), longa-metragem de Takumã Kuikuro, Carlos Fausto e Leonardo Sette. Reflexões antropológicas sobre aprendizagem, memorização e transmissão dos cantos entre o povo kuikuro, bem como as formas de organização do ritual Yamuricumã, são consideradas para se compreender estratégias ficcionais e poéticas. Em relação às estratégias ficcionais, analisa-se um relato de enganação, lido em paralelo com o próprio filme que engana, por meio da montagem, o espectador que desconhece os cantos-poema. Mais especificamente, sobre o poético no cinema, este trabalho se detém nos cantos-poema kuikuro. O destaque recai sobre os paralelismos e as repetições, assim como sobre os efeitos da (não) tradução dos cantos no filme. À luz dos estudos de Bruna Franchetto a respeito da estética da repetição, este texto demonstra que é possível encontrar, no cinema kuikuro, paralelismos e repetições que não são estritamente marcados ou regulares, uma vez que há uma espécie de correspondência paralelística (ou variação na invariância) nas escolhas cinematográficas.
Publisher
Associacao de Investigadores da Imagem em Movimento
Subject
Metals and Alloys,Mechanical Engineering,Mechanics of Materials
Cited by
1 articles.
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