Author:
SILVA DANILO duarte costa e
Abstract
Na contemporaneidade, a gestão das regiões costeiras em nações em desenvolvimento tem enfrentado desafios significativos, frequentemente resultando em cenários preocupantes em termos de sustentabilidade. No contexto brasileiro, essa problemática é ainda mais acentuada devido a equívocos históricos no planejamento das políticas públicas, exacerbados pelas características físicas únicas do semiárido do país, que é considerado por muitos como o mais desafiador do mundo. Em resposta a essa necessidade, têm surgido indicadores destinados a avaliar a sustentabilidade, embora sua aplicação específica aos recursos hídricos ainda seja limitada. Nesse sentido, foi desenvolvido recentemente o Índice de Sustentabilidade de Bacias Hidrográficas (WSI), que se baseia no modelo Pressão-Estado-Resposta (PER) e engloba quatro conjuntos principais de indicadores - hidrologia, ambiente, vida e política (formando o acrônimo HELP). Apesar de sua aplicação bem-sucedida em várias bacias ao redor do mundo, há uma lacuna na utilização desse índice em análises de bacias costeiras e em ambientes semiáridos. Este artigo apresenta, portanto, a primeira aplicação do WSI em uma sub-bacia costeira localizada no semiárido brasileiro, especificamente no baixo curso da bacia Piancó-Piranhas-Assu, conhecida como sub-bacia do Baixo Piranhas, no período de 2006 a 2010. Os resultados da metodologia revelaram um escore de 0,531, indicando a necessidade de intervenção por meio da implementação de medidas mitigadoras.
Publisher
Revista Sociedade Científica
Reference19 articles.
1. Ab'Sáber A. N. (2003). Litoral do Brasil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 45 (1), 28-28.
2. Agência Nacional de Águas (2012). Hidroweb. http://hidroweb.ana.gov.br. (Acesso em 15 de março de 2015).
3. Agência Nacional de Águas (2014). Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu. Brasília, Brasil.
4. Asmus M. L., Kitzmann D., Laydner C., Tagliani C. R. A. (2006). Gestão Costeira no Brasil: instrumentos, fragilidades e potencialidades. Revista de Gestão Costeira Integrada 5, 52-57.
5. Brown K., Tompkins E. L. (2012). Making waves: integrating coastal conservation and development. Routledge.