Abstract
A hidropsia das membranas fetais é caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido nos anexos placentários, podendo ser hidroalantoide ou hidrâmnio, de maior ocorrência no terço final da gestação, como no caso apresentado. As causas incluem malformações genéticas, gestações múltiplas, distúrbios hepáticos e deficiências nutricionais na fêmea. Os sintomas variam de leve aumento do perímetro abdominal a graves complicações como dispneia, anorexia e distúrbios digestivos. O diagnóstico diferencia-se de outras condições como ascite e hidrometra pela distensão abdominal pronunciada e ausência de feto palpável. O tratamento pode envolver analgésicos, indução ao parto, cesariana ou até sacrifício em casos graves. O prognóstico é reservado e varia conforme a gravidade e a resposta ao tratamento. A necropsia é crucial para confirmação diagnóstica, como descrito no caso, devido a dificuldades de se realizar ultrassonografia, e a rápido avanço negativo da enfermidade, que acarretou o óbito do animal.
Publisher
Revista Sociedade Científica
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