O que pensam os diretores sobre as capacidades de gestão das Secretarias de Educação?

Abstract

O artigo analisa as percepções dos diretores sobre as capacidades de gestão das Secretarias de Educação dos estados do Espírito Santo (ES) e do Piauí (PI). Os dados provêm de um questionário (survey) aplicado a 70 diretores do ES e 69 diretores do PI.  Para a análise, utilizamos as dimensões técnico-administrativa e político-relacional propostas por Pires e Gomide (2016). Ao analisarmos o conjunto dos dados nos dois estados, para essas duas dimensões, percebemos que as duas Secretarias atuam e têm contribuído para a formação de capacidades de gestão. Entretanto, os dados sugerem que essa atuação é centralizada, vertical e de cima para baixo. Os mecanismos de gestão e de monitoramento vertical de baixo para cima, fruto das interações entre os diretores e as Secretarias, parecem mais incipientes, pontuais e intermitentes. Para que a atuação do diretor ocorra de forma efetiva, as Secretarias de Educação devem promover condições necessárias para a seleção e formação dos diretores, além da realização do monitoramento e acompanhamento às escolas.