Abstract
Este artigo adota como fontes os Currículos Lattes dos conselheiros da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação do período de 1996 a 2002, a busca geral no Google e suas produções acadêmicas. Tem por objetivo analisar a influência das trajetórias formativas e seus desdobramentos na produção acadêmica dos conselheiros da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de educação (1996-2002) para a constituição de uma cultura político-educacional brasileira no contexto de projetos educacionais em disputa. Como fundamentação teórico-metodológica, assume a análise crítico-documental e o paradigma indiciário. Os resultados evidenciam que os conselheiros que tinham consistente produção acadêmica educacional configuravam-se como relevantes na instituição (1996-2002) e na continuidade (a partir de 2003) da cultura político-educacional e aqueles que não tinham produção expressiva a influenciavam a partir das suas trajetórias e das suas redes de sociabilidade. Concluímos que existe uma influência das trajetórias formativas no estabelecimento da cultura político-educacional daquele período e seus desdobramentos na produção acadêmica, que se constituía como elemento escriturístico capaz de influenciar a cultura político-educacional no momento presente e sua continuidade. Além disso, essa produção indicia as características políticas do país e as políticas educacionais que estavam em evidência, as tensões, disputas e negociações para a constituição de diferentes projetos educacionais, como também, instrumento de amadurecimento da cultura político-educacional, assim como agente disseminador desta nos projetos educacionais em disputa.
Publisher
Universidade Estadual de Maringa
Reference52 articles.
1. Alves, C. (2019). Contribuições de Jean-François Sirinelli à história dos intelectuais da educação. Educação e Filosofia, 33(67), 27-55. DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v33n67a2019-47879
2. Assis, R. A. (1986). É preciso pensar em educação escolarizada para crianças de 4 a 6 anos? Cadernos de Pesquisa, 59, 66-72.
3. Berstein, S. (2009). Culturas políticas e historiografia. In C. Azevedo, D. Rollemberg, M. F. Bicalho, P. Knauss, & S. V. Quadrat (Orgs.), Cultura política, memória e historiografia (p. 29-46). Rio de Janeiro, RJ: FGV.
4. Bizzo, N. M. V., & Kelly, P. J. (1991). Myriam krasilchik: a brazilian science educator. Teaching Education, 3(2), 133-136.
5. Bloch, M. (2001). Apologia da história: ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.