Abstract
Este artigo se propõe como cultivo de um gesto especulativo ao imaginar as consequências de compreendermos os mundos como pluriontológicos e multiespecíficos. Propondo que a educação ocidental seria um corolário da metafísica ocidental circuntanciada como controle da continuidade de um modo de existir, mediante uma discussão entre autoras como Anna Tsing, Haraway, Stengers e Viveiros de Castro, reivindico a premência ética de um pausar e olhar ao redor para com-fabularmos-com diferentes modos de viver e narrar. Ao decidirmos dilatar o espectro de realidades de existentes que participam em nossas práticas e decisões, incorporando outras temporalidades como critério de elegibilidade, o que proponho aqui é assumir a atitude possível de gaguejar referida por Stengers, alegando que escrever de outros modos significa viver com e a partir de outros modos de existências.
Publisher
Escuela Superior Politecnica del Litoral
Subject
Anesthesiology and Pain Medicine
Reference21 articles.
1. Almeida, M. (2010). Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV. Césaire, A. (2020). Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta.
2. Clastres, P. (2017). A Sociedade contra o Estado. São Paulo: UBU Editora.
3. Duarte, F. (2016). Diversidade linguística no brasil: a situação das línguas ameríndias. Caletroscópio, 4, 27-62. Debaise, D. & Stengers, I. (2016). L’insistance des possibles. Multitudes, 65 (4), 82-89.
4. Fausto, J. (2021). Vozes de Outros Mundos. Campos, 22 (1), 283-288.
5. Haraway, D. (2019). Seguir com el problema. Generar parentesco en el chtuluceno. Bilbao: Edición Consonni. Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Editora Companhia das Letras.