Author:
Zarife Pricila de Sousa,Paz Maria das Graças Torres da
Abstract
A literatura sobre estresse ocupacional é tradicionalmente marcada pelo foco em aspectos da tarefa ou ocupação do trabalhador, negligenciando estressores organizacionais. Este artigo buscou propor um conceito, desenvolver e apresentar evidências de validade de uma escala de estresse envolvendo exclusivamente características organizacionais como potencialmente estressoras. Dois estudos quantitativos foram realizados. No primeiro estudo, a versão inicial da Escala de Estresse Organizacional (EEO) foi submetida a análise de juízes e semântica, totalizando 60 itens. A EEO foi aplicada presencialmente em 454 trabalhadores e submetida a análise fatorial exploratória. No segundo estudo, a versão resultante da EEO foi aplicada presencialmente em 501 trabalhadores e submetida a análise fatorial confirmatória. O primeiro estudo revelou uma estrutura com quatro fatores: decisões organizacionais, suporte, incentivo à competição e entraves ao crescimento profissional, e 32 itens. O segundo estudo indicou um instrumento com 25 itens e os fatores supracitados, apresentando índices satisfatórios de ajuste (χ2/gl=2,95, RMSEA=0,06, TLI=0,91, CFI=0,92 e SRMR=0,04). Os estudos apresentaram resultados promissores, propondo um novo conceito e um instrumento para auxiliar no diagnóstico organizacional e fomentar estudos para promoção de organizações mais saudáveis e produtivas.