Abstract
Este artigo objetiva apresentar as propriedades universais dos Arquivos, pensados como instituição arquivística, a partir de uma reflexão filosófica a priori, estabelecer fundamentos para determinar a gradação dessas propriedades – e seu nível máximo no Arquivo Paradigmático – e confirmar essas propriedades a partir das formas observadas no Arquivo Geral das Índias, que as exibe em certo grau. Com isso, almeja-se construir um modelo para os Arquivos, determinando como eles devem ser. A abordagem interdisciplinar, entre ontologia e arquivologia, foi adotada, integrando o método de reflexão filosófica aos procedimentos de pesquisa documental, com base em peças de fundos do Arquivo Geral das Índias, coleção pessoal de imagens fotográficas do autor e fontes. A discussão aborda aspectos de práticas, formas e funções, que indicam a essência dos Arquivos e seu caminho para a sua idealidade paradigmática. O Arquivo Geral das Índias é apresentado como um particular que exemplifica essas propriedades essenciais. Nossa conclusão é que há certas propriedades universais essenciais dos Arquivos, ou instituições arquivísticas, que são: a acessibilidade, a durabilidade e a praticabilidade. Somado a isso, o modelo proposto é aplicável para a institucionalização de Arquivos e também para a construção, as reformas, as implantações, a criação de novos espaços, as adaptações, as reestruturações em edifícios e usos institucionais dos espaços do Arquivo.
Publisher
Faculdade de Filosofia e Ciências
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