Author:
Gonçalves Ramos Hellen,Ferreira Felipe,Da Silva Roriz Thayane
Abstract
Em pouco mais de dois anos de pandemia pelo SARS-CoV-2, foram registrados mais de 655 milhões de casos de covid-19 e 6 milhões de mortes no mundo. Mesmo com a vacinação da população alguns casos ocorrem a progressão da doença, internação, sepse e infecções secundárias, tornando necessário o emprego de medicamentos, entre eles, os antimicrobianos. Nesse contexto tem-se evidenciado o aumento na prescrição empírica de antimicrobianos com o objetivo de tratar infecções secundárias a covid-19. Frente a estes dados, o presente estudo teve como objetivo analisar o perfil de consumo de antimicrobianos durante a pandemia de SARS-CoV-2, nos meses de maio a outubro de 2020 e 2021, em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público secundário do DF. Comparando os períodos, nos quais a unidade internou exclusivamente pacientes com covid-19 é possível observar aumento no consumo de vancomicina, meropenem, ertapenem e polimixina B. Comparativamente ocorreu redução no consumo de ceftriaxona, piperacilina+tazobactam, ampicilina+sulbactam e linezolida. Com o avanço da pandemia foi encontrado um aumento no consumo de antimicrobianos empregados no tratamento de infecções por bactérias com elevada resistência aos demais agentes. Tal mudança pode tanto causar quanto resultar da emergência de patógenos resistentes na unidade de terapia intensiva estudada.
Publisher
Fundacao de Ensino e Pesquisa em Ciencias da Saude
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