Abstract
Neste artigo investigamos os movimentos em prol da reforma psiquiátrica no Hospital Colônia Adauto Botelho, do Paraná, na década de 1980. Por meio da problematização de documentos como projetos, propostas e avaliações, considerados como discursos, nosso objetivo principal foi compreender, além do que foi considerado prioritário em termos de mudanças organizacionais na instituição, que sujeitos emergiram nesse movimento. A hipótese defendida é que os enunciados construíram diferentes sujeitos: alguns como atentos / preocupados / engajados na superação do modelo manicomial; e outros como aqueles a quem se devia cuidados, humanização, transformação, pois teriam sido alijados de direitos.