Efeitos da radioterapia na qualidade de vida dos pacientes portadores de Câncer Cerebral: uma revisão de escopo

Abstract

Os tumores cerebrais são originados pela proliferação desordenada de células mutagênicas que exigem uma conduta ampla envolvendo análise diagnóstica, tratamento e os efeitos provocados na qualidade de vida dos pacientes. A radioterapia (RT) é descrita como um tratamento contra o câncer centrado na administração de elevadas doses de radiação para destruir células cancerígenas e reduzir tumores. Com o amplo conhecimento da radiobiologia e da imunologia, obtêm-se resultados clínicos promissores sobre a regressão do tumor e controle local com toxicidade mínima. A partir disso, novas e mais avançadas técnicas de RT quando comparadas à radioterapia cerebral total provocam diferentes respostas na qualidade de vida dos pacientes por minimizar os efeitos prejudiciais da radiação nas estruturas funcionais e saudáveis do cérebro. O presente estudo consiste em uma revisão de escopo para abordar as várias modalidades terapêuticas que utilizam a radiação para o manejo do câncer cerebral e seus impactos na qualidade de vida desses pacientes oncológicos. A radioterapia cerebral total (WBRT), radiocirurgia estereotáxica (SRS),  radioterapia de intensidade modulada (IMRT), arcoterapia volumétrica modulada (VMAT) e radioterapia conformada tridimensional (3D-CRT) foram algumas das técnicas evidenciadas nesse estudo para apresentar riscos e benefícios relacionados aos desfechos clínicos obtidos, comparar o grau de comprometimento das áreas neurais adjacentes ao tumor e avaliar a qualidade de vida pós tratamento, haja vista o importante declínio cognitivo induzido pela radiação. É evidente, portanto, a necessidade do entendimento desses métodos radioterápicos e dos efeitos adversos da RT para aprimorar as estratégias de tratamento e mitigar seus impactos negativos no bem estar dos pacientes. Assim, a escolha do melhor método terapêutico ainda deve ser avaliada em futuros ensaios clínicos considerando a repercussão na qualidade de vida, menor número de sequelas possíveis promovendo sobrevida global com diminuição da recidiva e manutenção da cognição.