Author:
Ferraz Patrícia Miron de Siqueira
Abstract
A desigualdade de gênero possui raízes históricas, culturais e sociais pautados nos mais diversos motivos. A sociedade atribui como papel típico feminino a responsabilidade pelas tarefas domésticas, cuidados com os filhos e demais responsabilidades familiares, presente um acúmulo de papéis, mesmo quando a trabalhadora, no mercado profissional, seja excessivamente demandada pela sua função ou mesmo possua destaque profissional. Saliente-se que é atemporal o enfrentamento, pela trabalhadora, dos desafios em conciliar a vida profissional e as atividades da vida pessoal, especialmente pela sobrecarga existente simplesmente voltada para o gênero feminino que, quando abarca o Teletrabalho, sem uma preparação e ajustes necessários à nova realidade, se coloca, cada vez mais, em posição de vulnerabilidade. A partir de uma análise dessa nova realidade e a divisão social e sexual já enfrentada pela mulher no mercado de trabalho, com o surgimento da obrigação sanitária do trabalho, preponderantemente remoto. Diante da Pandemia ficou ainda mais evidente a problemática da tripla jornada feminina que agora entrelaça o trabalho formal, o trabalho doméstico e os cuidados maternos educacionais, sejam próprios ou dos que dependem dela, tudo no entorno do lar, significando imprescindível o desenvolvimento de desdobramentos para enfrentar tais desafios. Nesse contexto, a partir do método hipotético-dedutivo e pesquisa bibliográfica, busca-se analisar a exaustiva jornada feminina comparando a problemática social e de gênero que se intensificou com a situação atual vivenciada e os permanentes desafios, examinar minuciosamente, normas que garantam a concretização da emancipação social feminina.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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