Diagnóstico situacional da rede de atenção à violência de crianças e adolescentes com deficiência no munícipio de Pesqueira-PE

Abstract

Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, que objetivou analisar a configuração da rede de assistência à criança e ao adolescente com deficiência no enfrentamento da violência na visão dos profissionais de saúde e da assistência social, verificar como se dão os vínculos na rede na assistência à criança e ao adolescente com deficiência e investigar o fluxo de atendimento à criança e ao adolescente no âmbito saúde e social, desenvolvido na rede de assistência de saúde e social à crianças e adolescentes com deficiência no Município de Pesqueira, PE. Os sujeitos da pesquisa foram os profissionais atuantes na rede de cuidados de saúde e assistência social do município e os envolvidos na Gestão Municipal, no período de 2018 a 2019. O levantamento dos dados foi realizado segundo etapas pré-estabelecidas e complementares, dentre estas a aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturado de PEREIRA (2016) com questões relacionadas a identificação, acompanhamento, encaminhamento para serviços especializados, ótica e desafios enfrentados para a garantia do acesso à rede de atenção para a criança e adolescente com deficiência, que pautaram a construção da caracterização dos sujeitos, dos eixos temáticos e posteriormente foi apresentado o desenho dos mapas Mapa mínimo da Rede Social Institucional Externa de acordo com a visão dos sujeitos. Diante dos resultados obtidos destaca-se que a maioria dos sujeitos não possui capacitação para o atendimento às situações de violência com o público deficiente, o que é representado nos discursos apresentados que denotam fragilidade no cuidado à essas vítimas e a invisibilidade do fenômeno da violência com este público em específico. Dentre os principais serviços acionados para o trabalho em rede os mais presentes nas falas dos entrevistados foram o CRAS e Conselho Tutelar. Diante disso, aponta-se a necessidade de maiores investimentos nos serviços de formação para fomentar a temática da violência no público de crianças e adolescentes com deficiência e instrumentalizar os profissionais dos serviços de referência afim de que se reduza a invisibilidade deste público e garanta a igualdade para todos sem distinção.