Author:
Saliba Tânia Adas,Custodio Lia Borges de Mattos,Saliba Nemre Adas,Moimaz Suzely Adas Saliba
Abstract
A odontologia representa, no âmbito da saúde do trabalhador, uma das profissões da área da saúde de maior risco de exposição ambiental ocupacional, que pode causar danos transitórios ou permanentes aos profissionais. Uma das formas de redução dessa exposição é a adesão a boas práticas de biossegurança com controle de infecção, uso de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados e aderência às normas de precaução padrão. Objetivou-se descrever as práticas na rotina dos serviços e a disponibilidade de EPI no âmbito da odontologia durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado com 43 profissionais da odontologia da Atenção Primária em um município do estado de São Paulo, no ano de 2021. Todos receberam um link para acessar o inquérito, composto por questões sobre perfil sociodemográfico, rotina de trabalho; práticas de biossegurança e uso de EPI. Dentre os profissionais, a média de idade era de 41,86 anos, 90,70% (n=39) trabalhavam em mais de um turno, 62,79% (n=27) foram deslocados de função, 81,40% (n=35) estavam realizando atendimento de urgência, emergência e eletivo, 86,05% (n=37) relataram aumento na disponibilidade de EPI, 95,35% (n=41) utilizavam instrumentos rotatórios, 76,74% (n=33) aumentaram o uso da odontologia minimamente invasiva. Conclui-se que, no período da pandemia, houve mudanças positivas tanto na rotina de trabalho, tais como o aprimoramento de práticas e do rigor empregado nas ações de biossegurança, quanto no aumento da disponibilidade de EPI.
Publisher
South Florida Publishing LLC