Abstract
Testes ultrassônicos têm sido adaptados nas últimas décadas para a determinação do módulo dinâmico em misturas asfálticas. A técnica é promissora, pois o nível de deformações durante o teste permite a caracterização no regime viscoelástico linear, além de serem ensaios rápidos e não destrutivos. Pode haver divergência com os resultados de ensaios clássicos, devido aos tratamentos de dados, provenientes da adaptação de variáveis nas equações de comportamento, bem como da complexidade do material e de como as ondas se propagam por ele. O presente trabalho estuda a influência das variáveis da equação que descreve a relação entre os parâmetros de comportamento (módulo, coeficiente de Poisson e ângulo de fase) e a velocidade do pulso ultrassônico. Os parâmetros materiais são obtidos de forma indireta. Osresultados do teste ultrassônico foram combinados ao modelo reológico 2S2P1D para a obtenção das variáveis buscadas (módulo e coeficiente de Poisson) e comparados aos resultados de ensaios convencionais. Aponta-se que a simplificação em considerar o ângulo de fase nulo e o valor constante de coeficiente de Poisson leva a erros de 8,6% para altas temperaturas e 3,4% para baixas temperaturas. Apesar das limitações, particularmente do acesso apenas a módulos no ramo de altas frequências da curva mestra, a técnica é promissora por permitir uma caracterização adequada, não destrutiva, rápida e de acordo com as características do material.
Publisher
Associacao Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes
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