Author:
Medrado Antonio Matheus Santos,Moreira Renata Andrade de Medeiros,Martins Paulo Fernando de Melo,Silva Lucas Ruan Soares da,Ferreira Lordânia Moura Corrêa,Pereira Renata Junqueira
Abstract
A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma abordagem educacional contínua e integrada, direcionada aos profissionais da saúde, com o objetivo de desenvolver competências, atualizar conhecimentos e promover a melhoria contínua da prática profissional ao longo de suas carreiras. Diante do exposto, o presente estudo buscou delinear o perfil de conhecimentos básicos autoavaliados por servidores da saúde da Rede de Saúde Interfederativa do Tocantins, Pará e Maranhão, antes e após curso de EPS. Trata-se de um estudo transversal e abordagem quantitativa descritiva, realizado em 2022, com servidores da Rede TOPAMA. Esta abrange um total de 110 municípios, sendo 65 no Norte do Tocantins, 22 no Sudeste do Pará e 23 no Sudoeste do Maranhão, destas, foram selecionados 8 municípios para receberem um curso de aperfeiçoamento em Gestão e Planejamento em Saúde Pública. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, antes e após o curso. Participaram da pesquisa 161 servidores, sendo a maioria dos municípios de Ananás, Rondon do Pará, Santa Fé do Araguaia e Piraquê. Verificou-se que a maioria trabalhava em regime estatutário (54,3%) e atuava na Atenção Primária em Saúde (49,8%). No que diz respeito à utilização dos Sistemas de Informações em Saúde, antes e após a ação de EPS, verificou-se que o de Vigilância Sanitária-SIVISA foi o único cuja utilização modificou significativamente, onde 68,8% não utilizava, destes, 31,3% dos servidores passaram a utilizar após o curso (p=0,012). Os resultados indicam que a maioria dos servidores não teve acesso a cursos de integração ou EPS após a admissão, destacando uma lacuna significativa nas iniciativas de capacitação profissional. No entanto, a intervenção de EPS realizada demonstrou ser eficaz na melhoria do conhecimento e na utilização dos SIS.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference14 articles.
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Educação Permanente em Saúde. Reconhecer a produção local de cotidianos de saúde e ativar práticas colaborativas de aprendizagem e de entrelaçamento de saberes. Brasília (DF); 2014.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.996, de 20 de agosto de 2007. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), 2011.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 198/GM/ MS, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília (DF); 2004.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, 64 p. 2009.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Brasília (DF); 2018.