Diferentes metodologias de compactação em dois solos do Rio Grande do Sul, Brasil: análise no impacto de parâmetros

Abstract

A compactação tem notória importância em obras de pavimentação viária, tal fato está vinculado a capacidade de garantir a estabilidade e durabilidade das suas camadas. Existem diferentes métodos de compactação com variadas energias, sendo que estes visam a reestruturação das partículas de solo, aumentando a sua densidade e reduzindo o índice de vazios, ou seja, objetiva melhorar as propriedades geotécnicas do material. Entretanto há uma série fatores intervenientes que podem resultar na variabilidade dos resultados obtidos em um ensaio de compactação. O viés desse artigo refere-se à comparação dos dados obtidos através das curvas de compactação realizadas nas energias normal e intermediária, utilizando as metodologias preconizadas pela ABNT (2016), DNIT (2023a) e DNIT (2023b). Foram utilizados dois solos, sendo um proveniente do município de Cruz Alta e outro de São Lourenço do Sul, ambos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os resultados denotaram que a metodologia DNIT (2023a) apresentou os maiores valores para peso específico aparente seco máximo e os menores valores de umidade ótima quando comparados com as demais. Enquanto a umidade ótima apresentou-se maior na metodologia do DNIT (2023b) e da ABNT (2016). Assim, cada metodologia resultou em um valor de umidade ótima distinto, entretanto, em um projeto geotécnico a variabilidade da umidade assume um papel crucial, pois ela afeta a capacidade de suporte e a permeabilidade do material. Posto isto, reitera-se a importância do controle dessa variação em obras de infraestrutura viária visando garantir a segurança e a eficiência do pavimento.