A Educação Física no “Novo” Ensino Médio: uma análise das modificações propostas pela Lei n. 13.415 de 2017

Abstract

Após um tenso e controvertido processo de tramitação foi promulgada uma reforma, bastante impopular, do Ensino Médio. Contrariando pesquisadores, professores e estudantes, a reforma ambicionou impor a esse nível de ensino uma visão utilitária e empobrecedora, voltada à rápida inserção no mercado de trabalho. Além disso, a proposição reduziu o espaço curricular de diversas disciplinas, dentre elas a Educação Física. Ante a esse contexto obscuro, o objetivo principal desse texto foi analisar as proposições contidas na reforma do Ensino Médio e em específico os efeitos sobre a disciplina de Educação Física. Defende-se que os reducionismos contidos na Reforma do Ensino Médio associados aos cortes drásticos do investimento público em educação atuam intensamente para a promoção da precarização da formação docente e para o desmantelamento desse nível de ensino. Frisa-se, por fim, que a permanência da Educação Física no Ensino Médio como disciplina obrigatória e com carga horária completa é fundamental para a garantia de acesso as práticas corporais, a ludicidade e a fruição da corporalidade, componentes essenciais a um projeto amplo de formação humana.